terça-feira, 20 de maio de 2014

Por baixo da pele, é tudo a mesma coisa.

Por Mariana Campos    



    Dentre todas as formas de preconceito o racismo é a mais antiga. Os escravos, quando alforriados, foram “largados” às margens da sociedade, sendo as vítimas pioneiras do preconceito racial. Pela aristocracia branca, eles sofriam discriminação e não tinham permissão para frequentar os mesmo locais que os brancos. Fato que se repetiu séculos depois durante o Apartheid, ocorrido na África no século XX, caracterizado por ser um regime de segregação racial extremamente violento e radical que teve fim através da luta de Nelson Mandela, falecido no ano passado.

      Apesar desses regimes de segregação terem tido fins oficiais, eles ainda continuam ocorrendo de forma implícita. Isso pode ser constatado através da proibição dos polêmicos “rolezinhos”, onde jovens, de maioria negra, se reuniam em shoppings. Fato que constrangia os frequentadores de, digamos, maior poder aquisitivo do local.  

      Outro exemplo de discriminação, dessa vez explícita, é o preconceito racial que ocorre no esporte, ato que já se tornou modismo em todo mundo, mas que ocorre frequentemente na Europa. Fato que chama a atenção, visto que são os países mais desenvolvidos do mundo, com Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) mais altos do planeta. O que por fim prova que o pensamento da raça branca como superior não se dissipou totalmente da mente europeia.


     O Brasil, como país sediador da Copa do Mundo e como país detentor da maior diversidade étnico-racial do mundo, tem grande responsabilidade na luta pelo preconceito, não apenas no esporte mas na sociedade como um todo. Por isso, sociedade e Estado devem se tornar agentes de combate ao preconceito através de campanhas de conscientização em todos os meios de comunicação, principalmente na internet, o melhor meio de dispersão de ideias existente. 

    O fato de o racismo ter sido considerado crime hediondo e inafiançável foi um grande passo do Estado e uma vitória da sociedade, porém nem todos os indivíduos que praticam o crime são punidos de forma efetiva, muitas vezes porque não são denunciados. Por isso, a criação de um disque denúncia  através da abertura de páginas nas redes sociais poderá auxiliar na aplicação da lei e na melhor comunicação entre governo e sociedade.

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